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Identificação

Número de Tombo: 0192/67 - 8/9

Tipo: Fichário

Série: Programa ambiental

Espécie: Textos sobre arte / Programa H.O.

Documento Principal: 0192/65 - Sem título

Idioma(s): Português

Descrição Física

Título do Projeto: À busca do suprasensorial

Local: [Rio de Janeiro / Rio de Janeiro / Brasil]

Resumo

Para Hélio Oiticica, a passagem de uma participação "simples e estrutural", para uma participação "sensorial" desemboca na própria vida diária.
Está interessado no "comportamento", isto é, levar os indivíduos a exercer sua liberdade. Esta vivência a ser estimulada, é um instante "criador", "livre", mas não necessariamente "feliz". Há muitos temores e sentimentos antagônicos que surgem nesse processo.
A vivência do instante sinaliza o início do "suprasensorial". A passagem do sensorial para o suprasensorial se dá na transposição de barreiras da "inibição puramente sensorial". H.O. invoca a “música rítmica, o mito, a dança, o efeito de tóxicos" Enfatiza os tóxicos por sua possibilidade de libertar de modo "violento" os antagonismos. O suprasensorial (arte ou antiarte) é uma manifestação de caráter coletivo (assim como ritmo ou o tóxico). O Suprasensorial desencadeia a possibilidade de um sentido ambiental - donde veio sua descoberta do samba como fenômeno de comunhão social. H.O. opõe essa "força mítica" à "inteligentsia". Escreve: "tôda tentativa individual de expressão deve ser respeitada como uma 'arte'."
Critica a separação entre vida e pensamento, postulando formas de ação que se identifiquem com o pensar, isto é, a dissolução da dualidade entre pensar e fazer. Nesta busca de "expressividade" popular e individual a todo custo, H.O. enaltece a cultura nascida do negro e traços da cultura oriental (zen; ioga).
Segue uma discussão acerca da relação entre intelectuais e manifestações populares e da importância, entre muitas experiências citadas, do Grupo Opinião.
H.O. afirma que concorda com Mário Shenberg de que o samba mudou sua vida. Termina indagando o que acontecerá com aqueles que não descobrem sua própria cultura, simplesmente absorvendo outras fontes (cf. antropofagismo oswaldiano).

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